Hoje eu corri na chuva. Eu sei, é clichê, mas clichês acontecem. Por isso exatamente são clichês. Meu coração não estava onde meus pés estavam, mas foi ótimo. Não foi nada incômodo. Eu corri, e a chuva estava gelada e muito forte. Meu cabelo e meus pés ficaram podres, encharcados. Me fez pensar numa festa surpresa que os melhores amigos de uma garota, que iria para L.A para, certamente, virar uma estrela, armariam para ela.
Eles curtiriam a noite toda na rua, fazendo as coisas mais inesperadas, e correriam na chuva antes de deixá- la em casa. Ela levaria toda essa alegria para L.A com ela, e eles ficariam contentes por ela. Tudo tão doce/amargo e promisor, como a vida deveria ser.
Eu deveria manter meu coração onde meus pés estão, pelo menos por um tempo, pelo menos um pouco.
Se um dia a realidade completa das coisas se abater sobre mim, isso vai acontecer de uma maneira definitiva, sutil e tão horrível.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Publicada por Mach (nicht) auf - por Fernanda S. à(s) 20:58 2 comentários
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Corrida
Ela só se lembra de ver o sanguinho do irmãozinho no travesseiro, piscar, e aparecer com 17 anos no carro de um estranho.
Publicada por Mach (nicht) auf - por Fernanda S. à(s) 09:39 1 comentários
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Totally... tenderly... tragically
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To My Real Friends
Publicada por Mach (nicht) auf - por Fernanda S. à(s) 13:11 2 comentários
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Everything and every moment
is now escaping, cause life
is that eternal and inevitable escape.
Everything escapes, we escape.
People die, we die
and most of the time we don't know what to do.
we're not living 'cause we can't be bothered.
We're walking and moving forward
avoiding to be crushed, to be cursed, to be beggars, to be amputees, to be bitter,
to be embarassed, to be harassed, to be arrested, to be poor, to be killed.
and that (funny thing) kills us all.
Publicada por Mach (nicht) auf - por Fernanda S. à(s) 13:44 0 comentários
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Que o Natal existe, todo mundo é triste, lá lá lá lá....
Tentei fugir daquele Natal falso de qualquer maneira. Já tinha conseguido ignorar a madrugada do dia 24 com gin +tônica, a hidropônica e uma pilha de CDs que todo dia eu arrumava e destruía. Mandei toda sorte de bons pensamentos para a minha família, bem rápido, pra não pensar demais neles. Era muito longe. Eu estava há quase um ano na Austrália e preferia fingir que nada estava acontecendo do que ter que fingir o contentamento miserável de almoçar com aqueles estranhos mais estranhos do que os que moravam comigo. Almoço miserável. Amigo secreto mais miserável ainda. Na verdade, no fundo, acho que nem eles queriam aquilo. Ou queriam, vai saber. Ou não queriam e nem sabiam disso, como bons brasileiros. Coisa de brasileiro chato e eu acordada-sem quase dormir desde às oito da manhã, com taquicardia da ressaca, com medo de estar doente, com medo de ter que ir embora pro Brasil, com medo de decidir ficar, com medo de nada acontecer como nunca acontece em lugar algum, como era sempre comigo.
Publicada por Mach (nicht) auf - por Fernanda S. à(s) 11:39 0 comentários
terça-feira, 8 de julho de 2008
Soft Color Granada
Todo dia antes de começar a aula era assim, a névoa da madrugada escolar, o pátio semi vazio, os nerds babando e empurrando o grande aro de ferro e brinquedo, os metidos a atletas profissionais dando o sangue no bola ao mastro pra entrar na classe com bigodinho nojento de suor, alguns tomando o café- da- manhã na cantina sem variedade e outros sonolentos esperando os amigos chegarem e observando no prédio do outro lado do pátio os alunos mais velhos, que estavam mais próximos de abandonar aquilo tudo. Pra trocar por mais daquilo, mas ninguém sabia disso ainda.
Publicada por Mach (nicht) auf - por Fernanda S. à(s) 12:16 1 comentários